“Por que, às vezes, erramos?” é mais do que um livro — é um espelho bem-humorado e mágico da condição humana. Nesta jornada fabulosa, Tito, um menino comum, comete um erro “monumental” na escola e, ao tentar fugir da vergonha, acaba sendo tragado por um livro falante e ranzinza chamado Sábio Certin. O que se segue é uma aventura transformadora pelo enigmático Reino dos Enganos, onde cada lugar, personagem e armadilha é um convite para rir, refletir e — quem diria? — compreender melhor por que erramos.
Tito enfrentará desafios hilários e provocativos em sete territórios simbólicos: o Labirinto das Ilusões, o Palácio do Orgulho, a Floresta do Esquecimento, o Exército do General Impulso, o Pântano da Certeza Absoluta, a Biblioteca do Tempo Perdido, e, por fim, o Espelho da Sabedoria. Cada um desses lugares representa um tipo de erro que todos cometemos em algum momento da vida — seja por agir no impulso, confiar demais na memória, se recusar a admitir falhas ou acreditar que já sabemos o suficiente.
Com uma narrativa que mistura humor, fantasia e filosofia leve, o livro nos lembra que errar não é sinal de fraqueza, mas parte essencial do crescimento. E que, muitas vezes, nossa pressa em acertar pode nos afastar do verdadeiro aprendizado. Afinal, como diz o Sábio Certin: “Nada te faz parecer mais burro do que ter certeza absoluta de que sabe tudo.”
Neste universo lúdico, repleto de personagens inusitados — como o Mestre Esquecimento, o pomposo Senhor Certeza, o impulsivo General que manda voar com asas imaginárias e até um peixe-boi homenageado com hino e estátua —, descobrimos que rir de si mesmo é uma das maiores provas de inteligência. E que o autoconhecimento, para acontecer de verdade, precisa passar pelas trilhas tortuosas do erro, do riso e da dúvida.
Ideal para leitores a partir de 10 anos (mas capaz de tocar adultos e educadores), “Por que, às vezes, erramos?” é um convite afetuoso para pais, filhos e professores conversarem sobre os tropeços da vida — com leveza, profundidade e poesia. A linguagem é ágil e divertida, mas os temas são sérios e universais: o medo de errar, o orgulho que nos impede de recuar, a memória que nos trai, a pressa que nos confunde, e a certeza absoluta que, tantas vezes, nos afunda.
Prepare-se para gargalhar, pensar e, principalmente, reconhecer a si mesmo em cada uma dessas páginas. Porque este é o tipo de história que, ao fim, deixa uma marca gentil em quem lê: a certeza de que errar, sim, é humano — mas aprender com o erro é extraordinariamente possível.
Como poderíamos nos preparar (se é que poderíamos)? Ou, o que esperar senão esperança? Este texto bebe da fonte da vida, e dá vida às palavras, por meio da experiência, da vivência, dos ditos e dos não ditos. Não é certeiro nem único, mas certamente é verdadeiro. Obrigado pela oportunidade de compartilhá-lo.
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Texto apresentado no Concurso Literário Vida Iluminada (Edição 2022) sob o título provisório: Na Disciplina da Vida, a Vida Não Tem Disciplina.Talvez uma resposta para esta pergunta esteja na própria definição de matemática. A palavra matemática tem suas origens na expressão grega matemathike que significa ‘ensinamentos’. Oras, esinar é por si só um ato de amor que tem lugar quando estão presentes, pelo menos um mestre e um aprendiz, e pouco ou nada tem a ver com idade ou tempo. Nem sempre quem ensina é o mais velho ou quem aprende o mais novo. Trata-se de um ato intimamente compartilhado onde todos podemos aprender para ensinar e re-aprendermos, em torno de uma espiral contínua próspera de amor. E assim foi quando minha filha mais nova, no alto de seus 5 anos, correu a me chamar, me tomando pela sua mãozinha e guiando-me na penumbra para a janela de casa. Foi diante dessa janela que ela dividiu um pôr-do-sol comigo, subindo num pufe próximo, sem soltar a minha mão, para narrar o multicolorido amarelo, laranja e avermelhado do céu e da casa que era iluminada. Esse astro foi dividido inexperadamente, entretanto isso não diminuiu a porção de sol de cada um de nós... Ao contrário, somou sóis a ambos. Nos presenteando com terna memória que, já no escuro, resolvi colorir com palavras e eternizar em mais este Conto de Família.
A matemática é uma ciência formal e se baseia em axiomas, teoremas, corolários, lemas, postulados e proposições para chegar a conclusões tanto teóricas quanto práticas. O amor, por outro lado, não é formal, mas carrega ensinamentos igualmente valiosos, ternos e eternos; e neste livro, ambos são estimulados por meio do ato de compartilhar.
Nossa heroína, Cordélia, é um nome inventado que carrega uma singela homenagem a uma expressão tão nossa, que empresta de Bilac uma pétala da sua última flor do Lácio, sob a forma de reconto sertanejo: A Literatura de Cordel.
De acordo com o Instituto de Estudos Brasileiros, a literatura de cordel chegou ao Brasil com os portugueses. Ganhou este nome, pois, em Portugal, eram expostos amarrados em cordões, em bancas de mercados. Sua difusão contribuiu para a própria disseminação do folclore como arte. Os temas são diversos e tratam de assuntos da política, religião, disputas, atos de heroísmo, personalidades, entre outros.
A disputa deste livro empresta inspiração num cordel que trata de um desafio de repentes que interessava apenas a uma das partes, e cujo desfecho surpreendente, causa revés no interessado com uma brincadeira conhecida: com um trava-línguas: “(...) Quem a paca cara compra a paca cara pagará”
Os trava-línguas são frases reais ou inventadas que são difíceis de pronunciar, formadas por palavras de fonemas parecidos. São parte da cultura e do folclore popular brasileiro. Os trava-línguas são brincadeiras divertidas que exigem atenção ao que se houve e repete, além de habilidade na articulação das palavras. O desafio é memorizar e repeti-los de forma cada vez mais rápida, sempre com a pronúncia clara e articulada. Errar nessa brincadeira, é sempre divertido.
E se fosse possível falar de semelhanças coletivas a partir das diferenças individuais? E se tais desassemelhanças sob o escrutínio da razão se mostrassem não tão desiguais? Como isso nos afetaria? Será que o que nos torna diferenciados, ao fim e ao cabo, não seria nossa capacidade de eliminar diferenças e distinções por meio da mudança interior? Seria isto a tolerância?
O desafio de mais este conto familiar é dar leveza às diferenças com uma tolerância que não é (e nem poderia ser!) infinita, mas lúdica. Visitando desassemelhanças que tornam a nós distintos e únicos, por vezes, descobrimos o que nos aproxima e ao mesmo tempo nos faz parecidos em várias medidas. Às vezes nos vemos imersos em mundos divididos e polarizados que exigem sabedoria para lidarmos. Talvez, nesta brincadeira com (des)igualdades aparentes, resida o amor como instituto formador de uma tolerância limitada, para uma harmonia infinita dentro da nossa coletividade.
Como ensinar sobre a Esperança? De que maneira explicá-la de forma a experimentá-la? Como cultivar esse belíssimo sentimento? Esta é a motivação por trás desta história sensível e humana para crianças de 3 à 103 anos!
Neste Conto Familiar, Papai-Noel (Sim! Ele mesmo!) pela primeira vez responde a cartinha de duas jovens irmãs com uma mensagem recheada de amor e ensinamentos além de uma boa dose de bom-humor e diversão. É mais um dos contos fantásticos dessa família de autores que agora surpreende com uma encantadora mensagem universal a todas e todos herdeiros da nossa humanidade.
Imagine poder ser transportado para a terra do medo e divertir-se com as situações mais (in)comuns, descobrindo, por fim, qual o medo do medo?
O medo muitas vezes têm relação com a insegurança que não é uma sensação de conotação boa. Pode, por vezes, nos paralisar e até impedir de realizarmos algumas atividades. Entretanto, o medo não precisa ser um sentimento a ser temido. Ao invés disso pode transformar-se em uma experiência de descobertas, tal como na epígrafe deste livro. Se nos propusermos a encará-lo na companhia da imaginação.
É marcante a descoberta da vida e o desafio de crescer quando desconhecemos o que nos reserva o future. Neste conto, desenvolvemos toda essa fase de dúvidas, inquietações e descobertas de um ponto de vista inusitado e delicado.
Nesta história fantástica são apresentadas lições, reflexões e ensinamentos para o auto-conhecimento. Este conto familiar carrega aprendizados de gerações para alguns dos dilemas da vida, em particular, o de reconhecer que crescer é um desafio. Tal desafio traz inquietações e dúvidas que vão se dissipando com a ajuda do tempo e de pessoas queridas, a medida em que reconhecemos e encontramos nosso lugar neste mundo.
A flor do ipê-amarelo é a flor símbolo do Brasil. Trata-se de uma árvore singela de aparencia, mas tenaz de resistência. Com raízes profundas e tronco cascudo que teima em contrariar a mãe-natureza, pondo delicadas flores que desabrocham nos dias secos ao final do inverno. Assim, antes mesmo de renovar sua folhagem, anunciam a mudança iminente da estação, acolhendo a primavera que sempre chega.
Ipê é uma palavra de origem tupi-guarani, que significa árvore cascuda, e tornou-se sinônimo de árvores com características semelhantes, ou seja, que perdem as folhas no outono e inverno e que dão flores brancas, amarelas, rosas, roxas ou lilás. Os ipês ocorrem em todo o Brasil tropical, inclusive na caatinga e cerrado.
O ipê, quando livre na natureza, é centenário e pode alcançar 20 metros de altura – o equivalente a um edifício de 7 andares. A floração dos ipês-amarelos dura, em média, quinze dias. Sua florescencia é influenciada pelo rigor do inverno. Quanto mais frio e seco for a estação, maior será a exuberância da florada do ipê-amarelo, exprimindo a força de sua regeneração.
Tal como na epígrafe deste livro, às vezes surgem problemas em nossas vidas. A habilidade de lidar com eles é posta à prova. Uma saída que encontramos – que não é nem a melhor, mas também não é a pior – é atacá-los de frente. Desafiando nossa imaginação a transformá-los em novos estímulos, com criatividade e bom humor. Não é tarefa fácil, mas certamente é muitíssimo menos penosa, se feita em boa companhia.
Neste livro, os autores apresentam fábulas com elementos materiais ao mesmo tempo em que experimentam uma tentativa de ressignificar virtudes caras à humanidade. Portanto, tentam reconciliar uma narrativa incrível (no sentido da fantasia), com uma provocação sóbria acerca de virtudes e boas ações, capaz de seduzir e reter a atenção de leitores de diversas gêneses, berços ou idades.
Como explicar o amor? Apresentar a amizade? Representar a caridade? Identificar a temperança? Retratar a atitude? Exprimir a criatividade? Expressar o bom humor? Revelar a coragem? Ou, esclarecer a saudade? Tudo isso de uma forma bem humorada, sensível e romantizada. O livro é recheado de contos cujas histórias se desenrolam numa linguagem acessível e direta para todos os públicos, especialmente aos jovens de 7 a 77 anos, e àqueles que ainda dispõem de vigor intelectual e energia de propósitos para refletir sobre os temas apresentados e reagir fazendo o bem para si e outrem.
Adaptado do prefácio do livro "A Tartaruga Ali e suas Viagens pelo Mundo" gentilmente assinado por Kamou Gedu.